O que é?

O cancro do rim é um dos tipos de tumores do sistema urológico.

A maior parte dos cancros do rim tem origem nas células do tubo do nefrónio.

De facto, o carcinoma de células renais e os carcinomas papilares do rim, que são a maiorias dos cancros do rim, têm origem a partir das células do tubo contornado proximal. As células tumorais têm alterações no seu genoma que as tornam autónomas e de difícil regulação.

Prevenção

Não existem estratégias de prevenção ou rastreio para o cancro do rim.

Deverá manter hábitos saudáveis e estar atento a eventuais sintomas.

As pessoas com familiares diagnosticados com a doença de Von Hippel Landau, devem fazer um exame para determinar a eventual mutação do gene VHL.

Fatores de Risco

Se um ou mais factores de risco se aplicarem a si, não quer dizer que desenvolverá necessariamente cancro do rim. Da mesma forma, o cancro do rim pode aparecer em indivíduos que não apresentem factores de risco conhecidos.

O tabaco é o principal fator de risco para ter cancro do rim.

Outros fatores de risco são a presença de hipertensão e a obesidade. Por isso será importante não fumar, controlar muito bem a pressão arterial e ter hábitos saudáveis. 

Alguns cancros do rim são genéticos, tais como, a síndrome de Von-Hippel-Lindau, a síndrome de Birt-Hogg-Dubé, a leiomiomatose hereditária, o carcinoma papilar hereditário, o paraganglioma/feocromocitoma hereditário e a esclerose tuberosa. Neste caso estes pacientes devem procurar aconselhamento junto de um urologista.  

Sintomas

A maioria dos cancros do rim não dão sintomas. De facto a maioria dos cancros do rim são atualmente diagnosticados acidentalmente na realização de uma ecografia ou TAC abdominal.

No entanto deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:

  • Sangue ao urinar
  • Aparecimento duma massa na região lombar de um dos lados
  • Dor lombar de um dos lados que não passa
  • Perda de apetite
  • Perda de peso sem razão aparente
  • Anemia
  • Febre
  • Fadiga

A quem me devo dirigir?

Em caso de suspeita de cancro, devido a sintomas ou a um exame complementar de diagnóstico que apresente uma alteração, deve dirigir-se a um Urologista.

Tumores Urológicos
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Subtipos de cancro do rim

O cancro do rim pode ser de vários tipos:

 

  • Carcinoma de células renais – são a maioria dos cancros do rim (80%).
  • Carcinoma papilar – são muitas vezes bilaterais e tem um prognóstico mais favorável desde que sejam do tipo I. Os tipo II associados à leiomiomatose tem mau prognóstico.
  • Carcinoma cromófobo – são raros e tem origem nas células intercaladas do tubo coletor do nefrónio. 

 

Diagnóstico

Num doente com história clínica e exame clínico com suspeita de cancro do rim devem ser pedidas análises gerais e à urina. Devem ser feitos exames de imagem que podem incluir ecografia, TAC e Ressonância Magnética.

Pode ainda ser solicitada a realização de uma biopsia ao rim - que consiste na introdução de uma agulha através da pele para recolher uma amostra de tecido da massa renal suspeita, guiada por ecografia ou por TAC.

A amostra recolhida é posteriormente enviada ao laboratório de Anatomia Patológica para ser analisado ao microscópio. Só a observação das células suspeitas ao microscópio pela Anatomia Patológica pode confirmar o diagnóstico de cancro do rim.

 

Estadiamento

O estadiamento é o processo pelo qual nos certificamos se as células do cancro se espalharam do rim para outras estruturas próximas ou mais distantes. A informação obtida pelo processo de estadiamento determina o estadio da doença, fundamental para o planeamento do tratamento.

Normalmente o estadiamento é feito com os seguintes exames:

  • TAC abdominal e torácica
  • RM abdominal
Tendo em conta o estadiamento

 A equipa clínica multidisciplinar avaliará o melhor tratamento a seguir.

A maioria dos cancros do rim tratam-se com a realização de uma cirurgia para extração do tumor renal. No entanto, nos cancros com metástases tem que se fazer tratamentos com imunoterapia ou quimioterapia

Tratamentos cirúrgicos no cancro do rim

Os procedimentos cirúrgicos para o tratamento do cancro do rim podem ser:

Nefrectomia parcial - Nesta cirurgia remove-se parte do rim onde está localizado o tumor;

Nefrectomia radical – Nesta cirurgia remove-se a totalidade do rim;

As técnicas disponíveis na CUF são:

  • Nefrectomia parcial assistida por robô
  • Nefrectomia parcial laparoscópica
  • Nefrectomia parcial aberta
  • Nefrectomia radical laparoscópica
  • Nefrectomia radical aberta
Cirurgia Robótica

Para alguns doentes, a cirurgia assistida por robô pode ser uma opção de tratamento eficaz para certos tipos de cancro. A CUF Oncologia oferece a combinação de tecnologia robótica com cirurgiões com experiência e conhecimento para ajudar os doentes a combater o cancro.

A cirurgia assistida por robô permite ao cirurgião ter melhor capacidade e precisão de realizar os gestos cirúrgicos e de uma forma mais fácil e confortável. Graças a essa precisão, a cirurgia assistida por robô pode melhorar os resultados e reduzir a quantidade de danos causados aos tecidos. Porque o procedimento é menos invasivo, os pacientes experimentam:

  1. Tempo de recuperação da cirurgia mais rápido
  2. Menos dor e desconforto no pós-operatório
  3. Risco reduzido de infeção cutânea
  4. Cicatrizes mínimas

A cirurgia assistida por robô está cada vez mais indicada como a melhor forma de tratar cirurgicamente os tumores renais inferiores a 4cm, de forma a retirar o tumor e preservar o restante parênquima renal. A este procedimento cirúrgico dá-se o nome de nefrectomia parcial. A nefrectomia parcial também pode estar indicada nos cancros do rim superiores a 4cm desde que tecnicamente possível e o tumor esteja confinado ao rim.

Tratamento sistémico

Relativamente à terapêutica farmacológica sistémica no cancro do rim, pode ser necessário fazer imunoterapia ou quimioterapia

Radioterapia

Normalmente os tumores renais são radio resistentes. No entanto, em altas doses como a usada pela Cyberknife pode ser usada em determinadas situações quando a cirurgia está contraindicada.

Nas nossas unidades usamos também a técnica de Radioterapia por Imagem Guiada que permite controlar os efeitos dos tratamentos e evolução clínica dos mesmos com maior precisão.

Outros tratamentos

Para indivíduos com risco de complicações cirúrgicas devido a outros problemas de saúde e que apresentem um tumor inferior a 4cm e, o cirurgião poderá optar por fazer uma ablação do tumor por uma das seguintes técnicas:

- Criocirurgia – o cirurgião introduz um instrumento no tumor através de uma pequena incisão para o congelar e assim destrui-lo.  

- Ablação por radiofrequência – o cirurgião introduz uma sonda pela pele ou através de uma pequena incisão até ao tumor. A sonda contém uns pequenos eléctrodos que destroem as células de cancro do rim pelo calor.

No caso de ser removido um rim na sua totalidade, o rim remanescente consegue usualmente cumprir as funções de ambos os rins. Contudo, caso o mesmo apresente problemas de funcionamento, poderão ser necessários tratamentos de diálise

Follow-up

Este período inicia-se após o plano terapêutico que lhe foi traçado pela sua equipa de cuidados.

 

Na consulta de follow-up realiza-se:

  • uma revisão da história clínica recente e exame físico
  • são solicitados exames para despiste de recidiva do cancro, tais como, análises de sangue e exames de imagem como a TAC, RMN, PET.
  • são feitas recomendações para a adoção de um estilo de vida mais saudável que inclui nutrição, exercício, cessação tabágica, entre outras recomendações

Os doentes que tiveram cancro do rim poderão ser seguidos em consulta regular pelo urologista ou oncologista.

Segundas Opiniões

Na CUF  Oncologia acreditamos que todos os doentes devem ter direito a segundas opiniões.

Para isso, estamos completamente disponíveis para que os doentes tenham na sua mão, além de um relatório que pode ser solicitado à sua equipa, todos os exames em suporte de papel e digital (CDs) necessários à obtenção de uma segunda opinião que possa ser proveitosa.

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Cancro do rim em números
1 301
casos/ano em Portugal
2,2%
de todos os cancros
60 anos
+ frequente nesta idade
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