A tecnologia faz mal aos olhos?

Olhos
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A exposição prolongada a ecrãs de televisão, telemóvel e computador pode ter efeitos negativos nos seus olhos. Saiba o que fazer para cuidar dos seus olhos.

Em casa ou no trabalho, a tecnologia está cada vez mais presente nas nossas vidas. Muitas pessoas passam horas e horas por dia em frente à televisão ou a consultar smartphones, tablets, computadores e quaisquer outros aparelhos eletrónicos a que deitem a mão. No entanto, se é verdade que a tecnologia existe para nos facilitar a vida, também é verdade que tem um lado negativo. O seu uso exagerado pode provocar problemas e, mais especificamente, afetar a saúde ocular.

A maioria dos aparelhos eletrónicos emite luz azul que, sendo fundamental para a manutenção do ritmo biológico diário, pode, em excesso, ser prejudicial à saúde dos fotorrecetores da retina. Há estudos que procuram estabelecer essa relação, mas, entretanto, podemos defendermo-nos utilizando filtros de luz azul nos nossos aparelhos eletrónicos.

 

Possíveis sintomas

Hoje em dia, com a evolução tecnológica e a adoção de filtros protetores à generalidade dos ecrãs, já é um mito falar em radiações danosas à saúde. No entanto, expor excessivamente os olhos a aparelhos eletrónicos continua a ser potencialmente prejudicial.

Estes são alguns dos sintomas mais comuns:

  • Olhos secos ou lacrimejantes
  • Irritação ou comichão nos olhos
  • Visão sensível ou intolerância à luz
  • Visão turva ou cansada
  • Dificuldade de focagem

 

Sabia que...

Além de problemas a nível ocular, a utilização excessiva de aparelhos eletrónicos pode provocar dores de cabeça, dores no pescoço e na coluna, síndrome do canal cárpico, ansiedade, contraturas musculares e, no extremo, até alterações cognitivas.

 

Como proteger os olhos

É cada vez mais difícil, para não dizer impossível, escapar à tecnologia, pelo que deve adotar algumas medidas para assegurar que a sua saúde não sai prejudicada.

 

  • Descanse alguns minutos por cada hora que passa em frente a um ecrã

Os nossos olhos não foram feitos para suportar longos períodos de exposição tecnológica. Necessitam de focar sucessivamente as imagens que lhes vão sendo apresentadas, tal como uma câmara fotográfica automática. Isto provoca desconforto nos músculos oculares.

 

  • Ajuste corretamente o corpo e o ecrã

A televisão e o monitor do computador devem ficar a pelo menos 50 centímetros dos olhos, sempre na linha destes ou até um pouco abaixo. Estar demasiado perto dos ecrãs obriga a um esforço adicional de focagem, com convergência dos olhos e contração do corpo ciliar (músculo intraocular).

 

  • Ajuste o brilho e a nitidez de imagem dos seus dispositivos

Ainda que lhe gaste um pouco mais de bateria, é essencial que adapte as definições dos seus aparelhos eletrónicos às necessidades específicas dos olhos. O segredo é manter o equilíbrio: nunca deve ser necessário esforçar os olhos para perceber a informação que lhe é apresentada, mas também deve evitar contrastes extremos (letras pretas em fundos brancos demasiado brilhantes, por exemplo), já que podem provocar sensação de cansaço ocular. Evite ainda consultar os seus aparelhos em ambientes demasiado escuros.

 

  • Pisque os olhos com frequência

Pode parecer uma solução trivial, mas quando nos concentramos muito em frente a um aparelho, esquecemo-nos de piscar com a devida regularidade, o que seca o olho e, por sua vez, provoca desconforto e irritação ocular.

 

  • Diminua o tempo de uso dos aparelhos eletrónicos

Evite passar dias inteiros de ecrã em ecrã. Reserve algum tempo para descansar os olhos, evitando o uso prolongado destes aparelhos. No caso das crianças, a gestão deste tempo ainda se revela mais importante. É fundamental que tenham tempo para socializar com os colegas, amigos e família, pois esse contacto é parte integrante do seu desenvolvimento global.

 

Atenção!

Além de todas estas sugestões, deve fazer exames oftalmológicos com alguma regularidade e não apenas quando sente algum problema. Adote uma atitude preventiva e proteja a sua visão.

Publicado a 02/05/2018
Doenças