Onde se esconde a cafeína?

Alimentação
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Quando se fala em cafeína, a primeira coisa que vem à cabeça é o café. Mas há outras fontes. Conheça-as e gira o seu consumo diário de cafeína.

Começar o dia com um café, antes de ir trabalhar, é um hábito de muitos portugueses. E não é por acaso: a cafeína estimula o sistema nervoso central, aumentando o nosso estado de vigília e capacidade de concentração.

No entanto, é importante que sejamos regrados no consumo de cafeína, pois, em excesso, pode ter efeitos nocivos no nosso organismo, como:

  • Insónia
  • Nervosismo
  • Inquietação
  • Irritabilidade
  • Batimentos cardíacos rápidos
  • Dores de estômago
  • Aumento dos níveis de pressão arterial e homocisteína (fatores de risco para as doenças cardiovasculares)
  • Tremores musculares

O primeiro passo para saber a quantidade de cafeína que consome diariamente é sabendo em que alimentos é que esta se encontra.

 

Sensibilidade à cafeína

De acordo com a Mayo Clinic, a nível geral, e tratando-se de adultos saudáveis, ingerir entre 200 a 300 mg de cafeína diariamente não é considerado nocivo (o que corresponde a dois a três cafés).

No entanto, a sensibilidade à cafeína varia de pessoa para pessoa, podendo estar associada a fatores como a massa corporal, toma de determinados medicamentos ou existência de patologias. Por outro lado, a forma como reagimos à cafeína pode estar associada à quantidade que estamos habituados a ingerir. Pessoas que não costumem beber regularmente café ou outras bebidas que contenham cafeína tendem a ser mais sensíveis aos seus efeitos.

 

Não é só o café que têm cafeína

A cafeína existe naturalmente no cacau e, quanto mais escuro for o chocolate, mais elevado é o seu teor de cafeína. Não se esqueça que os gelados, doces e sobremesas de café ou chocolate também têm cafeína.

As bebidas energéticas também contêm esta substância, assim como as bebidas de cola e o chá preto. Alguns suplementos nutricionais e certos fármacos contêm cafeína. Leia sempre atentamente os rótulos/indicações que acompanham os suplementos nutricionais e os medicamentos e não exceda a toma diária recomendada.

 

Avalie o seu consumo de cafeína

Se sente dificuldade em adormecer, ansiedade, entre outras das queixas mencionadas atrás, faça uma estimativa da quantidade diária de cafeína que está a ingerir e, se necessário, reduza a ingestão desta substância.

Lembre-se que, tal como referimos, a ingestão de cafeína não provém unicamente do café, mas também do chá, chocolate, bebidas energéticas e certos suplementos nutricionais e medicamentos.

 

Como cortar na cafeína

A redução do consumo de cafeína deve ser feita gradualmente, pois a privação abrupta desta substância pode causar alterações de humor e ansiedade, entre outros efeitos. De início, substitua o café diário por descafeinado (este, apesar do nome, contém cafeína numa dose bastante menor do que o café) ou chá - que contém cerca de metade do teor de cafeína que tem o café.

 

Sabia que...

Estudos demonstraram que o consumo de café poderá ter um efeito protetor contra a doença de Parkinson e diabetes, entre outras doenças.

Publicado a 06/06/2014