9 sinais de que pode ser hipocondríaco

+65
Cérebro e saúde mental
Prevenção e bem-estar
4 mins leitura

Já lhe disseram que tem "a mania das doenças"? Ser hipocondríaco é mais do que uma mania - é um distúrbio de ansiedade - e pode representar um perigo real.

Espirrou e acha que tem uma doença terminal? Detetou um sinal novo na pele e jura que só pode ser cancro? O hipocondríaco tem um medo infundado de ter uma doença grave e mortal, com base na interpretação errónea de funções normais do organismo. É bem mais do que uma mania e pode ter consequências graves. É, por isso, importante saber identificar os sintomas deste problema e em que consiste o seu tratamento.

 

9 sinais de que é hipocondríaco

Procure ajuda se tem estes comportamentos:

  1. Pensa frequentemente que tem uma nova doença e que vai morrer.
  2. Preocupa-se excessivamente com a saúde e qualquer coisa serve para entrar em pânico: um espirro pode ser sinónimo de contágio por uma bactéria mortífera, uma tosse ligeira é sinal óbvio de tuberculose, uma dor de cabeça só pode ser um tumor.
  3. Faz o autodiagnóstico com a "ajuda" da Internet e não "baixa a guarda", ainda que todos os médicos garantam que está tudo bem.
  4. Chega mesmo a sentir os sintomas da doença que imagina ter e que nenhum exame objetivo comprova.
  5. É um cliente assíduo das farmácias e tem o seu próprio stock de medicamentos em casa.
  6. Está sempre a monitorizar o seu corpo e a queixar-se de problemas que mais ninguém vê.
  7. Quando ouve falar de uma doença na televisão (como dengue, gripe ou doença de Alzheimer), acredita que vai ser a próxima vítima.
  8. Quando sente algo, como um ruído estranho ou uma dor nova, vai logo investigar no Google.
  9. Acha que a sua família, os seus amigos e os médicos não levam as suas preocupações a sério.

 

Quais são as consequências?

Um dos grandes perigos é a automedicação, devido aos efeitos secundários e às interações entre fármacos. Outro risco sério é a realização de exames "a torto e a direito", alguns dos quais são invasivos ou envolvem radiações. Por fim, para quem se lembra da história de Pedro e o Lobo, pode acontecer que quando for "a sério" ninguém acredite.

                                                                                        

Diagnóstico e tratamento

A hipocondria é mais do que uma mania temporária, é um distúrbio de ansiedade. Para ser diagnosticada, tem de causar uma preocupação constante, um sofrimento intenso e uma deterioração da qualidade de vida durante pelo menos seis meses. É distinta da depressão, do distúrbio de pânico e da perturbação obsessivo-compulsiva (POC). O tratamento é possível. Este pode incluir psicofármacos (antidepressivos, neurolépticos, ansiolíticos) e/ou psicoterapia.

 

Verdade ou mito?

Os hipocondríacos estão a fingir?

Mito. Uma pessoa hipocondríaca não está a mentir, acredita realmente que está muito doente e que vai morrer, sofrendo muito com a situação. Se alguém finge estar doente só para ter atenção não é um hipocondríaco.

 

A hipocondria existe por causa da Internet?

Mito. A hipocondria sempre existiu, embora se admita que possa ter tido um aumento com o aparecimento de Google, Wikipédia e outros. Chamam-lhe agora "cibercondria" ou hipocondria da era digital.

 

Os mais jovens não sofrem de hipocondria?

Mito. A hipocondria afeta homens e mulheres a partir da segunda e terceira décadas de vida.

 

Sabia que…

Cerca de 5% da população sofre de hipocondria.

 

Atenção!

Nem toda a informação disponível na Internet ou nas séries de televisão é credível. É importante encontrar fontes de informação de referência.

Publicado a 26/10/2016
Doenças