A idade da criança deve influenciar o destino de férias?

Bebés e crianças
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Sim. Há locais que não são tão adequados para os mais pequenos e, por isso, este é um fator que os pais devem considerar na escolha do destino de férias.

O destino de férias deve ser eleito consoante a idade da criança. Estamos numa era em que se viaja muito e para locais cada vez mais longínquos e exóticos, o que não é benéfico para crianças muito pequenas (bebés), não só pela viagem em si (cansaço, jet lag), mas também por alguns riscos, nomeadamente de doenças.

Só no final do 1º ano, as crianças (que cumpram o Programa Nacional de Vacinação) ficam imunes para uma grande parte de doenças. No entanto, existem outras que são frequentes em alguns países (febre amarela, febre tifoide, hepatite A, raiva, dengue) e para as quais as nossas crianças não estão vacinadas.

Além disso, os aeroportos são um amontoado de multidões, o que aumenta o risco de contágio.

Por outro lado, as crianças são mais vulneráveis às mudanças de clima, humidade e exposição solar.

E, até aos dois anos, a capacidade imunitária da criança é deficitária, havendo maior risco de contrair infeções.

 

Quais os cuidados pré-férias a ter em conta?

Em primeiro lugar, é necessário assegurar que a criança está bem de saúde e tem as vacinas em dia.

Caso opte por férias no estrangeiro, deve verificar se há doenças endémicas nos países em questão e se existem cuidados de saúde no local (serviços onde a criança possa ser assistida, em caso de doença ou acidente).

Em alguns casos, justifica-se Consulta do Viajante, no sentido de saber se há necessidade de alguma medicação (por exemplo, profilaxia do paludismo) ou administração de vacinas específicas. E deve ter-se em atenção que as vacinas podem ter que ser administradas algum tempo antes, para que sejam eficazes.

 

O que é essencial levar na mala de viagem?

Como nesta época do ano férias são sinónimo de praia, é essencial ter protetor solar. Nos mais pequenos, opte por um protetor mineral. Também é importante levar antipiréticos (e termómetro) e a medicação habitual da criança.

Depois, vai depender do destino de férias: enquanto que na Europa será fácil adquirir anti-histamínico, descongestionante nasal, soro de reidratação oral, desinfetante de feridas, ligaduras e compressas; noutros locais poderá ser difícil e, portanto, isso deve ser previsto.

É ainda aconselhável levar o boletim individual de saúde e de vacinação.

 

Se vai viajar com crianças de…

  • Carro

Respeite as regras de segurança, ou seja, as crianças devem viajar em cadeiras adequadas (de acordo com a sua idade e estatura) e sempre com o cinto colocado.

São de evitar as horas de maior calor e, no caso de viagens longas, optar por fazer várias pausas. Tenha sempre água e comida disponível.

  • Avião

Deve dar-lhes algo que possam mastigar enquanto o avião descola e aterra, o que depende da idade da criança (nos mais pequenos pode ser a mama ou biberão). Também é importante, no caso de obstrução nasal, fazer desobstrução 30 minutos antes.

 

Para concluir...

  • Assegurar que as crianças tenham um tempo de sono adequado e uma alimentação correta. Atenção especial à água, que deve ser potável (não esquecendo a água de lavagem dos dentes e gelo) e oferecida regularmente.
  • A pele das crianças é mais sensível aos raios ultravioleta, pelo que deve ser evitada exposição solar nos pequenos lactentes e haver cuidados redobrados nas outras idades. Não esquecer que na praia há maior radiação ultravioleta refletida.
  • Deixe o mundo virtual em casa: largue o computador e o telemóvel e aproveite para brincar com os seus filhos
Publicado a 20/06/2018