Ébola: o que deve saber

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Prevenção e bem-estar
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Sinais de alarme, formas de contágio em que consiste o tratamento e que cuidados deve adotar caso viaje para uma zona afetada. Saiba aqui tudo sobre o Ébola.

O vírus Ébola multiplica-se nas células dos gânglios linfáticos, do baço, fígado e pulmões, entre outras, e destrói as células endoteliais (células planas/achatadas que revestem as cavidades linfáticas ou serosas) dos vasos sanguíneos. 

Apesar de o risco de disseminação do vírus Ébola aos países europeus ser considerado baixo, não é inexistente. Embora o vírus não exista na Europa, é de facto possível que uma pessoa tenha sido infetada numa região afetada por este vírus e que, ao regressar ao seu país ainda durante o período de incubação, os sintomas da doença se manifestem posteriormente.

O diagnóstico do Ébola é clínico e epidemiológico e, caso exista suspeita, existem análises laboratoriais que podem confirmá-lo. 

 

Sinais a que deve estar atento

Depois do período de incubação do vírus surgem sintomas como:

  • Febre alta que surge repentinamente
  • Mal-estar
  • Dores musculares
  • Dores de cabeça
  • Dores de garganta
  • Dores abdominais
  • Dores no peito
  • Manchas cutâneas
  • Náuseas/vómitos
  • Diarreia
  • Hemorragias (que não estão relacionadas com traumatismos)

 

Como se transmite o vírus Ébola 

O Ébola é transmitido pelo contacto direto com secreções, sangue, órgãos ou outros fluidos orgânicos de pessoas ou animais infetados ou também através do contacto indireto com ambientes que foram contaminados. 

O período de incubação do vírus Ébola pode demorar entre dois e 21 dias. A transmissão da doença por via sexual (pelo sémen) pode acontecer até sete semanas depois da recuperação clínica do doente.

 

Em que consiste o tratamento

Até à data não existe um tratamento aprovado para a infeção pelo vírus Ébola. No entanto, a manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico e do balanço calórico, as transfusões de sangue, o suporte ventilatório, renal, entre outras medidas, são tratamentos que têm, em alguns casos, assegurado a sobrevivência dos doentes.

 

Viagens para as regiões afetadas pelo vírus Ébola

Embora estes destinos não estejam a ser desaconselhados, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os viajantes sigam várias medidas: 

  • Cumprir as indicações das autoridades de saúde locais
  • Lavar frequentemente as mãos
  • Não contactar com macacos, morcegos e animais selvagens em geral, vivos ou mortos
  • Cozinhar sempre bem os alimentos de origem animal
  • Evitar o contacto com pessoas infetadas pelo vírus Ébola ou que se suspeite que possam ter sido infetadas e não tocar em qualquer tipo de material usado no tratamento dos doentes
  • Se assistir a uma cerimónia fúnebre, evitar o contacto com o cadáver
  • Ter em consideração que a transmissão do vírus pode ocorrer através de relações sexuais

 

Após o regresso a Portugal, É necessária uma vigilância do estado de saúde durante 21 dias. Se a pessoa manifestar alguns dos sintomas atrás referidos ou tiver tido contacto direto sem proteção adequada com alguém doente, deve procurar conselho médico imediato e mencionar a viagem que realizou.

De acordo com as diretrizes da Direção-Geral da Saúde, deve-se contactar o serviço médico por telefone antes de fazer uma consulta em presença - para que a equipa possa utilizar equipamento de proteção adequado quando receber o doente.

Publicado a 10/09/2014