O que é?

O hipertiroidismo é causado pelo excesso de produção das hormonas tiroideias que são libertadas na corrente sanguínea. Esta condição afeta vários orgãos e funções do organismo. 

O hipertiroidismo é uma doença relativamente comum que afeta mais o sexo feminino. A incidência aumenta com a idade sendo mais frequente perto dos 60 anos.

Sem tratamento, pode atingir diferentes funções do organismo, incluindo o coração. A medicação adequada permite controlar a doença reduzindo a produção de hormonas da tiroide.

Sintomas

As manifestações clínicas incluem ansiedade, irritabilidade, insónia, tremor, aumento do trânsito intestinal, palpitações e aumento da frequência cardíaca, hiperatividade, intolerância ao calor, hipersudorese, perda de peso apesar do aumento do apetite, irregularidades menstruais, bócio, olhar vivo e fixo e/ou olhos proeminentes e alterações visuais (doença de Graves). Nos idosos, a apresentação de um quadro clínico de hipertiroidismo pode ser menos exuberante, caracterizando-se por apatia, com confusão mental, anorexia e arritmia cardíaca (fibrilhação auricular).

Causas

A causa mais frequente é a doença de Graves, que é uma doença auto-imune caracterizada pela circulação de anticorpos alterados que atuam sobre células normais na tiroide estimulando a sua hiperatividade.

Diagnóstico

O médico pergunta sobre os sintomas, faz um exame físico e solicita exames de sangue. O hipertireoidismo avançado normalmente é fácil de diagnosticar porque os sinais são claros, mas é menos óbvio nos estágios iniciais.

Um exame de sangue, conhecido como teste da função da tiroide verifica os níveis da hormona que a estimula (TSH), tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e pode revelar como a glândula está a funcionar. Pode ainda ser utilizado iodo radioativo para medir a sua função (teste de captação radioativa de iodo).

Tratamento

O tratamento deve ser individualizado e discutido com o doente passando por três opções:

  • Anti tiroideus de síntese (o metibasol é o fármaco de primeira linha)
  • Iodo radioativo
  • Cirurgia

A monitorização deve ser regular e o seguimento mantido a longo prazo.

Prevenção

O hipertiroidismo associado a doenças da tiroideia não é prevenível.

A utilização de medicamentos que atuam na glândula tiroideia deve ser feito exclusivamente sob orientação médica ou farmacêutica.

Análises ao sangue permitem monitorizar os níveis das hormonas tiroideias sempre que a suspeita clínica assim o justifique.

Fontes:

Medical News Today

Health Harvard